quinta-feira, 2 de dezembro de 2010


AMOR DE TROPEIRO




Me criei entre campos e coxilhas,
Gaúcho de tradição, Tropeiro na profissão
Guiando tropas estrada afora,
dia e noite , noite e dia
Fiz minha vida nos arreios
no cavalo de lei, nas tres marias.

Noite fria o mate esquenta,
a charla no galpão
o frio espanta
A noite vai,
renasçe a vida
vai comigo a saudade, já é dia...
Eu e Deus no meu zaino,
é hora de tratar da lida.

Se engana quem me vê não me conheçe
Debaixo do barbicacho
levo um querer preso no lenço
Segredo que levo comigo
na açoiteira que fere e sangra minha alma
Na lida domei e cumpri minha sina
Só não domei o amor
que me fez presa fácil,
nos braços de uma china.

  Andrea Rodrigues
*foto: Eduardo Rocha

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