No Rastro da Gadaria
Já faz três dias que culatreio esta tropa
Que vem mermando, quase chegando ao destino
Canso cavalos no rastro da gadaria
Nas alegrias poucas de um campesino
Só mais uns dias e a tropeada se termina
Minguada é a plata para os que rondam madrugadas
Empurrando bois, nos encontros dos cavalos
De longe os galos prenunciam alvoradas
Refrão:
De vez em quando um sapucay chamando a ponta
E um índio touro abre o peito e atropela
Um cusco baio se revolta e garroneia
O boi coiceia e, dando volta, se entrevera
Tranqueia o gado farejando um aguaceiro
Que vem se armando lá prás banda oriental
Abrem-se ponchos na culatra e lá na ponta
E o vento afronta mareteando o pastiçal
Troveja longe e o raio plancha na terra
E a manga d´água já branqueia o corredor
Encharca o poncho e a alma de quem tropeia
Se o tempo enfeia pros lados do chovedor
Não vejo a hora de findar esta jornada
E voltar pro rancho que ergui no meu lugar
Já imagino a minha linda na janela
Sonhei com ela e pra ela vou voltar
Interpretação:
Abramo machado e Felipe Araújo
JAIRO LAMBARI FERNANDES
Nascido em 13/07/1967 Jaime Alvino fernandes, o "Lambari" teve sua infância
na mesma cidade onde nasceu Caciqui, Rio Grande do Sul.
Morou durante 06 anos no interior de Cacequi, trabalhando como peão de campo
na localidade de macaco branco, na gja. Sta. teresinha onde foi descoberto
por Joarez Fialho o qual o apresentou à Jaime Brum Carlos que o levou pra o seu
primeiro festival Nativista da cidade de Santa maria, desde então vem
conquistando diversos festivais e premiações.
Conheçedor da lida campeira vem retratando em seu trabalho a vida do homen
do campo, mas nunca esqueçendo o romantismo do homen rural,
marca registrada de sua carreira.
http://www.jairolambarifernandes.com.br/
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