ROBERTO LUZARDO
FEITO ALPARGATA
letra: Lizandro AmaralMúsica e Interpretação: Robeto Luzardo
Vou encerrar-me em meu canto
- Vestido de serenata -
Em cada olho de china,
Que me vem feito alpargata...
Já que não tive potreiras
Perfeitas para o pé torto
Adormecer nalgum rancho
E acordar menos morto.
Quem nasceu para ser perro,
Cimarrón cresce e caminha...
Pelo ouriçado de tempo
Com cicatrizes da rinha
Já que o rigor me rengueia
E ando longe do estrivo
Vou encerrar-me no canto
Onde adormeço inda vivo.
Quero guitarras luzindo
Na escuridão do meu pranto
Em cada pelo de crina
A claridade do canto
Já que não tenho potreiras
Pra ensaiar serenatas
Troquei alianças co`a lua
Que me aceitou de alpargatas.
Quem nasce pra ser matungo
Basteriado, geme ao tranco...
Casco quebrado da pedra,
Acostumou-se a ser manco.
Já que adormeço sem rancho
Parido pro desconforto
Vou encerrar-me cantando
E amanhecer menos morto.
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- Vestido de serenata -
Em cada olho de china,
Que me vem feito alpargata...
Já que não tive potreiras
Perfeitas para o pé torto
Adormecer nalgum rancho
E acordar menos morto.
Quem nasceu para ser perro,
Cimarrón cresce e caminha...
Pelo ouriçado de tempo
Com cicatrizes da rinha
Já que o rigor me rengueia
E ando longe do estrivo
Vou encerrar-me no canto
Onde adormeço inda vivo.
Quero guitarras luzindo
Na escuridão do meu pranto
Em cada pelo de crina
A claridade do canto
Já que não tenho potreiras
Pra ensaiar serenatas
Troquei alianças co`a lua
Que me aceitou de alpargatas.
Quem nasce pra ser matungo
Basteriado, geme ao tranco...
Casco quebrado da pedra,
Acostumou-se a ser manco.
Já que adormeço sem rancho
Parido pro desconforto
Vou encerrar-me cantando
E amanhecer menos morto.
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