quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013







LUNA CAUTIVA - Letra y Música: Chango Rodríguez


 (Zamba) 

De nuevo estoy de vuelta,
después de larga ausencia;
igual que la calandria
que azota el vendaval.
Y traigo mil canciones
como leñita seca:
recuerdo de fogones
que invitan a matear.

Y divisé tu rancho
a orillas del camino;
adonde los jazmines
tejieron un altar.
Al pie del calicanto,
la luna cuando pasa
peinó mi serenata
la cresta del sauzal.

Tu amor es una estrella
con cuerdas de guitarra:
un luz que me alumbra
en mi oscuridad.
Acércate a la reja;
sos la dueña de mi alma;
sos mi luna cautiva
que me besa y se va.

Escucha que mis grillos
están enamorados;
que llora mi guitarra,
sollozo del sauzal;
el tintinear de espuelas
del río allá en el vado
y una noche serena,
prendida en mi cantar.

De nuevo estoy de vuelta;
mi tropa está en la huella:
arrieros musiqueros
me ayudan a llegar.
Tuve que hacer un alto
por un toro mañero,
allá en el calicanto,
a orillas del sauzal.

 
 

Missão:



A empresa Fronteira Gaúcha é propriedade intelectual do comunicador Matias da Silveira Moura e da cantora Volmaris Coelho Moura , através de uma Rádio Web buscam divulgar os valores culturais do Rio Grande do Sul , e a região conhecida  como pampa gaúcho . 

A fronteira do estado do Rio Graonde do Sul , foi cenário de muitos episódios que marcaram para sempre a história dessa região tendo papel fundamental na participação em revoluções demarcando o território brasileiro . O povo gaúcho da fronteira possui em si essa herança de patriotismo e apego a sua terra ,seus costumes que são passados de geração em geração.

A  Rádio Fronteira Gaúcha de Santana do Livramento y Rivera tem uma proposta de difundir essa cultura alicerçada por homens e mulheres que pelearam por este chão que se tornou sua pátria e querência, divulgando seus costumes através de uma WEB Rádio tendo como base a musicalidade do gaúcho do Rio Grande do Sul
NO RASTRO DA GADARIA


Já faz três dias que culatreio esta tropa
Que vem mermando, quase chegando ao destino
Canso cavalos no rastro da gadaria
Nas alegrias poucas de um campesino
Só mais uns dias e a tropeada se termina
Minguada é a plata para os que rondam madrugadas
Empurrando bois, nos encontros dos cavalos
De longe os galos prenunciam alvoradas
Refrão:
De vez em quando um sapucay chamando a ponta
E um índio touro abre o peito e atropela
Um cusco baio se revolta e garroneia
O boi coiceia e, dando volta, se entrevera
Tranqueia o gado farejando um aguaceiro
Que vem se armando lá prás banda oriental
Abrem-se ponchos na culatra e lá na ponta
E o vento afronta mareteando o pastiçal
Troveja longe e o raio plancha na terra
E a manga d´água já branqueia o corredor
Encharca o poncho e a alma de quem tropeia
Se o tempo enfeia pros lados do chovedor
Não vejo a hora de findar esta jornada
E voltar pro rancho que ergui no meu lugar
Já imagino a minha linda na janela
Sonhei com ela e pra ela vou voltar
(Refrão)
E o vento afronta mareteando o pastiçal

  Interpretação: Abramo Machado & Felipe Araújo
  abramomachadoefelipearaujo@hotmail.com

 letra :Jairo Lambari Fernandes

 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

JORGE FREDERICO DUARTE WEBBER


 
DE ALBAS Y PONIENTES

Me conhece a estrela boieira,
de tanto que le digo bom dia,
nas madrugadas de nostalgia
em que a saudade matreira,
com uns amargos de poesia,
sopra as brasas do coração,
para curar a solidão,
dessa insônia caborteira...
M’encantam as cores d’aurora,
quando o sol de ouro vem vindo;
na capital, ou lá fora,
não existe céu mais lindo!
Deus com seu saber infindo,
demonstra Seu grande poder,
que é pa’ todo o mundo saber
que Ele nos quer ver sorrindo...
Também se passa no poente,
sangrando cada ocaso,
e mesmo quem não é crente,
por algo que não vem ao caso,
sente uma imensa emoção,
ao ler, na tela do infinito,
com tanta cor e inspiração,

o salmo que ali está dito...
Então, acendo um cigarro,
degustando as cores do céu,
e ao mate amargo me agarro
sem apuro, trançando o sovéu
das minhas horas sem sono,
milongueando uma verdade
desse mundo que é meu dono,
na tarca da tua saudade...!

Porto Alegre, terça-feira 15/01/2013 – 06H42’
JFDW – el Chango Duarte.
 
Jorge Frederico Duarte Webber
O ÍNDIO GUMERCINDO

Sumido em meio a um pajonal,
o umbu grande, um pé de amora
e seu ranchito pintado de cal,
donde um urutau tristonho le chora...

Sob o tisnado alero de totora,
chiava a cambona, no fogo de chão;
quando veio saludar-le a aurora,
jazia também o mate, volteado no chão...

Tal como o palhero na mão
acostumada a trançar tento,
foi apagando-se, ao vento,
ao lado do velho parcero violão...

Mirando os astros no firmamento,
era agora mais uma estrela no céu,
guasquero e payador de fundamento,
mestre na arte da lonca e do sovéu...

Lo encontraram sorrindo
um sorriso mui lindo,
o índio Gumercindo...
Vai ver, às portas do grande mistério,
aquele xiru, sempre tão sério,
a prenda amada reencontrou,
sua china, a Dona Clorinda,
que, na flor da idade ainda,
foi lavar na sanga e não voltou.

Porto Alegre/RS, sexta-feira 08/II/2013 – 14H44’
JFDW – el Chango Duarte.
 

Meu canto de liberdade


" Crio e me refaço das tormentas,
se fez meu mundo vendaval pra  assombrar
meu espirito inquieto.
Mas não se cala meu peito abagualado,
rebelde é minha alma
e as rédeas não se aquietam em minhas ancas.
Calei o meu pranto e atravessei a fronteira
pra buscar meu canto de liberdade
pra junto da invernada e hastear minha bandeira.
Enfim, de volta  pra casa, pra entranhas
da terra hermosa que me recriou,
enfim renasce meu ser
no chão batido da querência
alma de minha alma, existência lúcida e branca
do meu ser"


Andrea Rodrigues
* Foto: Eduardo Rocha
* música: Argentino Luna: Gallitos del aire

 

Lisandro Amaral e Marcelo Oliveira "De Alma, Campo e Silêncio"


 
Noite de campo que vejo numa lembrança de outr'ora
Beira de um fogo que acalma, triste cambona que chora
Alma povoada em silêncio deste meu rancho fronteiro
Mateando alguma saudade costeando o sono da espora
Vento que geme na quincha feito um basto na estrada
Resmunga o som de tesoura do picumã amorenada
Quem sabe traga de arrasto alguma manga pras casa
E um cheiro bruto de terra pra envadir a madrugada
Noite que chora pro campo tocando a tropa na sanga
Batiza os lábios da china num galho flôr de pitanga
Somente o sonho que cresce num distanciar de povoeiro
Que parte junto com a aguada pra alguém que vive de changa
E a primavera se estende com olhos claros pra lida
Bolear a perna na estancia, este é meu rumo na vida
Solito eu cruzo as horas num camperear de invernada
De rédea firme por diante com alguma mágoa contida


*letra: Fernando Soares
Música: Juliano Gomes e Everson Maré
 

Léguas de Campo

Abramo Machado e Felipe Araujo




Se vão os anos e planos, de peão gaúcho e tropeiro
E o gado segue atendendo meu grito de homem campeiro

É linda a vida que levo, gastando léguas de campo
par de cachoro e cavalo, relumes de pirilampo

Quem tem o campo no sangue, entende o que falo e sinto
trago a rudeza nos braços, da lida sei e não minto ( Fala )

De à cavalo me garanto e quando o laço se vai
deito o corpo no gateado e a res num 'upa' já cai

Se às vezes tenho saudade, é porque nasci assim
sou do campo uma verdade e o campo parte de mim

De à cavalo me garanto e quando o laço se vai
deito o corpo no gateado e a res num 'upa' já cai




 
Milongão da Gineteada/ Joca Martins & Bachieri


césarcattani@uol.com.br




 
ALFREDO ZITARROSA