Meu canto de liberdade
" Crio e me refaço das tormentas,
se fez meu mundo vendaval pra assombrar
meu espirito inquieto.
Mas não se cala meu peito abagualado,
rebelde é minha alma
e as rédeas não se aquietam em minhas ancas.
Calei o meu pranto e atravessei a fronteira
pra buscar meu canto de liberdade
pra junto da invernada e hastear minha bandeira.
Enfim, de volta pra casa, pra entranhas
da terra hermosa que me recriou,
enfim renasce meu ser
no chão batido da querência
alma de minha alma, existência lúcida e branca
do meu ser"
Andrea Rodrigues
* Foto: Eduardo Rocha
* música: Argentino Luna: Gallitos del aire
Lisandro Amaral e Marcelo Oliveira "De Alma, Campo e Silêncio"
Noite de campo que vejo numa lembrança de outr'ora
Beira de um fogo que acalma, triste cambona que chora
Alma povoada em silêncio deste meu rancho fronteiro
Mateando alguma saudade costeando o sono da espora
Vento que geme na quincha feito um basto na estrada
Resmunga o som de tesoura do picumã amorenada
Quem sabe traga de arrasto alguma manga pras casa
E um cheiro bruto de terra pra envadir a madrugada
Noite que chora pro campo tocando a tropa na sanga
Batiza os lábios da china num galho flôr de pitanga
Somente o sonho que cresce num distanciar de povoeiro
Que parte junto com a aguada pra alguém que vive de changa
E a primavera se estende com olhos claros pra lida
Bolear a perna na estancia, este é meu rumo na vida
Solito eu cruzo as horas num camperear de invernada
De rédea firme por diante com alguma mágoa contida
Beira de um fogo que acalma, triste cambona que chora
Alma povoada em silêncio deste meu rancho fronteiro
Mateando alguma saudade costeando o sono da espora
Vento que geme na quincha feito um basto na estrada
Resmunga o som de tesoura do picumã amorenada
Quem sabe traga de arrasto alguma manga pras casa
E um cheiro bruto de terra pra envadir a madrugada
Noite que chora pro campo tocando a tropa na sanga
Batiza os lábios da china num galho flôr de pitanga
Somente o sonho que cresce num distanciar de povoeiro
Que parte junto com a aguada pra alguém que vive de changa
E a primavera se estende com olhos claros pra lida
Bolear a perna na estancia, este é meu rumo na vida
Solito eu cruzo as horas num camperear de invernada
De rédea firme por diante com alguma mágoa contida
*letra: Fernando Soares
Música: Juliano Gomes e Everson Maré
Nenhum comentário:
Postar um comentário